Conferência na Suécia marcará o final da Década de Segurança

Em 2020, a Suécia será o palco da Conferência Global que marcará a conclusão da Década de Ações pela Segurança no Trânsito, estabelecida pela Organização das Nações Unidas. O objetivo é apresentar os resultados da meta de redução em 50% do número de acidentes e debater as metas globais de segurança no trânsito, levando em consideração a Agenda 2030. Será uma grande oportunidade para conhecer as experiências de cada país para salvar mais vidas. 

 

“Será uma oportunidade para conhecer o nível de prioridade que o mundo deu ao tema, experiências bem sucedidas e principalmente a identificação de medidas urgentes para mitigar o problema mundial da segurança viária”. 

Anaelse Oliveira, do PVST – Programa Volvo de Segurança no Trânsito

 

A terceira Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito, que acontece em 2020, em Estocolmo, na Suécia, marcará a conclusão da Década de Ações pela Segurança no Trânsito, proposta pela Organização das Nações Unidas em 2011. O intuito é debater como promover as metas globais de segurança no trânsito, levando em consideração a Agenda 2030 e apresentar resultados e experiência mundiais na redução de acidentes. São esperadas delegações de oito países, bem como representantes de empresas, instituições de pesquisas e organizações internacionais. 

Reduzir pela metade o número de acidentes e mortes causadas por acidentes de trânsito, entre 2011 e 2020,  foi a meta lançada pela ONU para provocar um maior debate e conscientização do grave problema mundial. Segundo o  Relatório Global sobre o Estado da Segurança Viária de 2018, da Organização Mundial da Saúde (OMS), são cerca de  3.700 mortes nas ruas e estradas do mundo por dia, o que equivale a 1,3 milhão de vidas perdidas anualmente. Além disso, 50 milhões de pessoas ficam feridas ou incapacitadas após um acidente. De todas as mortes de trânsito no mundo, pedestres, ciclistas e motociclistas respondem por 54%. Os países mais pobres são os mais afetados, com 93% das mortes ocorrendo em países de baixa ou média renda. O risco de morte no trânsito é três vezes maior nos países de baixa renda do que nos de alta renda, com taxas mais altas na África (26,6 mortes por 100 mil habitantes) e menores na Europa (9,3 mortes por 100 mil habitantes). África e o sudeste da Ásia têm o maior número de fatalidades. Como se não bastasse toda essa tragédia, os acidentes de trânsito ainda são a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos no mundo. O Brasil faz parte desta triste  estatística:  cerca de 39 mil pessoas morrem anualmente, segundo o último relatório de segurança viária da OMS e aproximadamente outras 300 mil ficam feridas. 

Em razão do tamanho do problema e o aumento contínuo do volume de tráfego,  em 2011 a ONU e os governos do mundo declararam a Década de Ações pela Segurança no Trânsito, com uma meta ambiciosa para reduzir as mortes por acidentes em 50% até 2020. 

“A julgar pelo mais recente  relatório da OMS,  o quadro além de não melhorar, ainda piorou. Foram registradas melhorias somente  em 48 países, a maioria do continente europeu. Em 104 países a situação piorou”, observa Oliveira, responsável pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito. E cita a Índia  como exemplo: “A economia se  expandindo rapidamente, acompanhada pelo crescimento populacional e urbano faz com que a cada ano, cerca de 150.000 pessoas sejam vítimas de acidentes”, destaca. 

 O Grupo Volvo participará da Conferência. Sua principal contribuição para reverter este quadro, tem sido oferecer produtos inovadores e de alta tecnologia,  que reduzam tanto o número de acidentes quanto as suas consequências. O Grupo tem colocado especial atenção também ao treinamento de  motoristas  e os usuários desprotegidos das vias (crianças e pedestres) sobre segurança no trânsito além de parcerias com institutos de pesquisas, autoridades e organizações internacionais para  influenciar decisões políticas. 

“A conferência será uma grande oportunidade para conhecer o nível de prioridade que o mundo colocou no tema, experiências bem sucedidas e principalmente a identificação de medidas urgentes para mitigar o problema mundial da segurança viária”, finaliza.